Desencadeada nas primeiras horas desta terça-feira, 21, a Operação Noteiras III tem o objetivo de desarticular a organização criminosa especializada em fraudes societárias e tributárias. A investigação apontou que quatro empresas de fachadas foram usadas para o esquema que movimentou R$ 23.139.428,78. Ao todo, 18 pessoas integram o grupo criminoso e são alvos da ação. Até o momento, três homens e duas mulheres foram detidos na capital alagoana, enquanto um outro homem foi preso em Santa Catarina. De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), as fraudes aconteceram por meio da emissão de 100 notas fiscais falsas, neste valor aproximado de R$ 23 milhões, através das empresas de fachada, com informações inverídicas relativas à propriedade e gestão desses estabelecimentos comerciais que, na prática, jamais existiram. Estas empresas são conhecidas como "paper companies". window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256620-1'); window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256607-13');Veja vídeo: window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256620-2'); window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256607-4'); De acordo com o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), para o cometimento dos ilícitos penais havia participação criminosa de contadores, empresários, “testas de ferro” ou “laranjas”. É provável que haja uma extensão do grupo criminoso, razão pela qual, além dos investigados em Alagoas e Santa Catarina, o Ministério Público também apura o envolvimento de mais pessoas em outras unidades da federação. window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256620-3'); window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256607-6'); A operação - A 'Noteiras III' cumpre oito mandados de prisão preventiva, sendo seis em Maceió e dois em Santa Catarina, e mais 14 de busca e apreensão, com dez em Maceió e quatro em Santa Catarina, por determinação da 17ª Vara Criminal da Capital. A diligência recebe suporte das Secretarias da Fazenda, das Polícias Civil e Militar e da Polícia Científica dos dois estados, bem como da Procuradoria-Geral do Estado de Alagoas. Segundo o MPAL, para que se tenha noção do grau de periculosidade dessa composição criminosa, além destes crimes a organização se aproveitou de pessoas em situação de grave vulnerabilidade social utilizando-as para a obtenção de Tokens (certificados de assinaturas digitais) que possibilitaram as inúmeras fraudes. window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256620-4'); window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256607-8'); De forma dolosa, duas empresas situadas no estado de Santa Catarina têm participação nos esquemas fraudulentos que causaram vultosos prejuízos que estão em apuração pelas SEFAZ/AL e SEFAZ/SC. Além dos chefes, na organização criminosa existe num segundo escalão com integrantes de núcleos familiares, empresários, contadores e testas de ferro, já devidamente identificados e que serão alvo em ações penais separadas, de acordo com o eixo de atuação e estarão sujeitos a penas que poderão alcançar até 80 anos de reclusão.