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Renata Banhara diz que tumor no cérebro aumentou: "Impossível ser operado"

Quem | 15/10/21 - 23h06
Arquivo Pessoal

Renata Banhara pode ser considerada um exemplo de fé e vontade de viver. A modelo, de 46 anos, contou, em conversa com a Quem, que o tumor em seu cérebro cresceu nos últimos três anos: foi de dois milímetros para dois centímetros, sendo impossível de ser operado. “O tumor está em uma região atrás da minha cabeça, bem no centro da massa cefálica, não tem como extrair, a gente não sabe das consequências. A confiança é que vai estagnar”, explica.

A doença surgiu após Renata fazer um tratamento de canal dentário em 2017, que disseminou uma bactéria incubada em seu organismo, que se alastrou pelo tecido ósseo, causando uma sinusite e depois atingindo as meninges. O acúmulo de bactérias se alastrou ainda mais, comprometendo os nervos e tecidos internos da cabeça, gerando fortes dores no seio da face. A modelo teve paralisia facial e, como consequência, uma forte infecção cerebral, o que a deixou entre a vida e a morte na UTI.

“Passei por quatro cirurgias na cabeça, porque tive tecidos necrosados. Não retirei o tumor naquela época porque meu sangue estava totalmente infectado. Tive paralisia facial, corporal, fui parar na UTI quatro vezes para que pudesse extrair o dente em ambiente cirúrgico. Não pude extrair de uma vez, porque senão minha vida seria ceifada. Foi tudo feito lentamente. Fiquei um ano e meio internada”, explica ela.

Segundo Renata, os médicos não sabem o tamanho exato do tumor no momento, já que os últimos exames foram feitos em dezembro de 2020. "Esses exames são muito, muito caros. Na época, ganhei de uma amiga”, diz ela, que está sem plano de saúde desde a separação do ex-marido em 2018, a quem acusou de agressão e entrou na Justiça contra ele. “Ao longo da minha jornada, já tinha feito minhas reservas, tanto para minha saúde, quanto para a educação dos meus filhos e para emergências, mas tudo já foi embora. Inclusive, no judiciário".

"Não sou vítima" - Renata aprendeu a conviver com a doença e mantém a motivação nos filhos, de 25 e de 17 anos, e no trabalho. “Faço acolhimento e encaminhamento das vítimas de violência doméstica para casas de passagem ou casas por tempo indeterminado. Baseado na necessidade do que vivi quando sofri a violência. Faço em toda capital, 24 horas por dia, sete dias por semana. Isso me dá força e me ocupa bastante. Tenho filhos para criar, minha vida para tocar. Todos os dias é uma gangorra de emoções, mas eu não entro em depressão. E resignifico tudo que acontece comigo de forma enérgica e confiante. Até porque, quero ser exemplo para meus filhos de trabalho e de luta. Não sou vitima, estou seguindo em frente”, afirma.

As fortes dores de cabeça que tinha no início da doença, pelo menos, cessaram. Porém, apesar de ser na região atrás da cabeça, o tumor causa estufamente ósseo na testa. “Tem métodos paliativos, acompanhamento, mas como é uma doença pré-existente, não posso ter plano de saúde. Mas não fico olhando para meu problema todo dia. Tenho consciência na hora de dormir e acordar. E essa gangorra de emoções que vivo, procuro focar na minha luta, porque as contas não param de chegar, tenho filhos para criar”, completa.