Polícia

Reviravolta: vítima de suposta morte clínica foi enforcada e afogada em caixa d'água em Maribondo

Theo Chaves | 11/06/24 - 15h16
Foto: Divulgação/POLC

Um caso de suposta morte clínica em Maribondo, no interior de Alagoas, teve uma reviravolta após peritos da Polícia Científica de Alagoas descobrirem que a vítima, que foi encontrada sem vida dentro da própria residência, morreu afogada após ter sido imersa dentro de um caixa d'água.

De acordo com os peritos, uma equipe foi acionada para o local onde o corpo de Givanildo Pedro da Silva foi encontrado no último dia 07 de maio. O homem estava deitado na cama e coberto com lençóis e peças de roupa, o que levava a crer ser uma cena de morte natural. 

Porém, quando os peritos começaram a analisar a residência onde o corpo foi encontrado, eles perceberam que algo de estranho tinha acontecido naquele imóvel. Apesar de não haver sinais que pudesse indicar uma possível ação violenta, um dos integrantes da Polícia Científica suspeitou que havia acontecido um crime no local.  

Segundo a perícia, o corpo estava molhado e a vítima, que ainda apresentava hematomas em um dos olhos, expelia um líquido pela boca. 

 “O corpo estava molhado. Pressionado o abdômen da vítima, um líquido era expelido pela boca. O cadáver apresentava também hematoma na região orbitária esquerda, lesões contusas na porção posterior do tronco e discreta marca de instrumento constritor no pescoço”, apontou o perito José Adriano.

A partir dos primeiros indícios do suposto crime, os peritos continuaram identificando vestígios pela casa, onde encontraram uma caixa d’água de 500L, no piso da área de serviço, que teria sido usada para o homicídio. Dentro dessa caixa d'água, foram identificados e coletados fragmentos de material orgânico (vômito) dispersos no meio líquido.  

Diante das primeiras provas coletadas no local, foi possível identificar a dinâmica do crime.

“Quando conclui a perícia de local, o cenário mostrou que a vítima sofreu asfixia por afogamento, lesões contusas e constrição do pescoço com instrumento do tipo fio ou corda, tendo sido conduzida pelos seus algozes para a cama, fazendo parecer que a vítima teria morrido de causa natural”, completou José Adriano.

No local, também foi coletado sangue da vítima no colchão da cama onde ela se encontrava e material biológico nas unhas das mãos. Essas amostras foram encaminhadas ao Instituto de Criminalística, caso necessário, poderão ser utilizados para posterior exames de DNA, e para confrontar com material genético dos possíveis autores do crime.

Na última semana, dois homens foram presos e confessaram a autoria do crime. À polícia, eles disseram que enforcaram e afogaram a vítima até a morte. 

Com informações da Polícia Científica de Alagoas*