Polícia

Roberta Dias: sutiã e ossos são encontrados no mesmo local onde crânio foi achado em Piaçabuçu

TNH1 com Site Aqui Acontece | 21/04/21 - 11h32
Fotos: Polícia Civil

Familiares de Roberta Dias encontraram, nas primeiras horas desta quarta-feira, 21, feriado de Tiradentes, parte de ossada humana que estava enterrada no mesmo local onde um crânio foi achado no último domingo, 18, no Pontal do Peba, em Piaçabuçu. Os parentes acreditam que os restos mortais são da jovem que desapareceu há nove anos.

A mãe de Roberta, Mônica Costa Reis, em sua ida ao IML de Arapiraca para solicitar a identificação do crânio encontrado, questionou o órgão sobre as outras partes do corpo, ocasião em que foi informada que ao órgão cabia apenas a remoção dos ossos e não a escavação do local. Os familiares então se reuniram hoje com uma retroescavadeira e deram início à procura na região.

“Quando eu fui em Arapiraca, no IML, perguntei pelas outras partes do corpo. O órgão disse que eles só fazem a remoção e que a família e/ou a polícia é que deveriam proceder com a devida escavação da área. Quando recebi essa informação, perguntei ao pessoal a localização exata e fiquei com isso na cabeça. Então, para acabar de uma vez por todas com essa dúvida, conseguimos uma retroescavadeira e nos dirigimos ao local. Não demorou e logo conseguimos encontrar mais ossos e um sutiã”, explicou Mônica Reis.

Veja vídeo:

A mãe de Roberta Dias declarou ainda que não tem mais dúvidas de que os ossos são da jovem grávida que foi raptada e assassinada em abril de 2012, ao sair de uma clínica no bairro de Santa Luzia, local onde havia passado por uma consulta pré-natal. À época, a vítima tinha apenas 18 anos.

“Não tenho dúvida de que é minha filha. Eu reconheci o sutiã porque era meu, foi um presente que eu ganhei, e naquele dia havia emprestado a ela. Além disso, o IML já havia declarado que era do sexo feminino e que tinha mais ou menos o mesmo tempo do desaparecimento da Roberta, sem contar que estava no local onde o acusado confessou que havia enterrado o corpo”.

Apesar de toda dor que a mãe da Roberta sente, em saber que sua filha foi assassinada de forma covarde, simplesmente por ter engravidado, assim como apontam as investigações, ela agora respira um pouco mais aliviada por poder, ao menos, sepultar os restos mortais da jovem em um local digno, assim que a identidade da ossada for confirmada pelas autoridades competentes. O exame de DNA deve definir nos próximos meses se o cadáver é o de Roberta.

“Agora, mais do que nunca pedimos justiça! Perdi minha filha e meu neto, que hoje estaria com nove anos. Esse crime não pode ficar impune. Tiraram a vida de dois inocentes por um motivo banal e de forma cruel. Que a justiça seja feita!”, finalizou Mônica Reis.

Uma equipe da Polícia Civil, coordenada pelo delegado de Piaçabuçu, Rubem Natário, acompanhou as escavações.