Educação

Simulador de realidade virtual para exame de ressonância magnética ganha o 2º lugar na Erbase 2019

Com a construção e uso do simulador de Realidade Virtual para Terapia do Transtorno de Ansiedade Claustrofóbico na Realização do RMN, espera-se poder ajudaras pessoas no tratamento dessa fobia.

Assessoria | 15/05/19 - 15h38
CESMAC

O objetivo deste trabalho foi desenvolver um Simulador de realidade virtual para intervenção psicoterapêutica ao transtorno claustrofóbico do exame de Ressonância Magnética (RMN). Para realizar a implementação do software, se fez necessário o uso da Unity, ferramenta que é utilizada no desenvolvimento de jogos, criação de animações e ambientes virtuais de simulação.

Os criadores do Simulador são Nathália P. T. Neves (CESMAC Sertão), João Paulo N. Cordeiro, Elis Nayara L. Barros, Mozart de M. Alves Junior (Coordenador do Núcleo de Robótica do Cesmac), Adilson J. dos Santos, Alayde R. da Silva, Jaqueline M. da Silva e Hugo de L. Soares. Alunos e professores do curso de Enfermagem da Faculdade Cesmac do Sertão e professores do Núcleo de Robótica do Cesmac.

A tecnologia de RV (realidade virtual) está em ascensão nas pesquisas das ciências da saúde, principalmente na Enfermagem, Medicina e Psicologia, incorporando aos seus estudos a avaliação formal de novas tecnologias para dimensionar o impacto de seus usos como recurso terapêutico. Em evento organizado pela Sociedade Brasileira da Computação - Erbase 2019, o artigo “Um Simulador de Realidade Virtual para Terapia do Transtorno de Ansiedade Claustrofóbico na Realização do Exame de Ressonância Magnética”, foi premiado com o segundo lugar, concorrendo com trabalhos de mestrado e com produtos em desenvolvimento no mercado. O artigo será publicado em revista de Qualis (conjunto de procedimentos utilizados pela Capes para estratificação da qualidade da produção intelectual dos programas de pós-graduação).

O aparecimento de transtornos de ansiedade em grande parte da população urbana e rural tem se tornado cada vez mais frequente, destacando-se, principalmente, os relacionados às fobias. Dentre as terapias mais comuns, considerando o contexto das comportamentais, podem ser citadas as de exposição in vivo, que consiste na exposição da pessoa à situação real de sua fobia, e a imaginativa, em que a pessoa imagina o alvo de seu medo e realiza toda terapia no consultório do terapeuta (HAYDU, KOCHHANN e BORLOTI, 2016). A tecnologia de realidade virtual parece trazer vantagens para as intervenções psicoterapêuticas. Nos últimos anos, tem sido percebido um movimento de introdução das técnicas cognitivo-comportamentais junto à realidade virtual (WENDT, 2011).

Durante a criação do ambiente 3D em realidade virtual, houve a necessidade da utilização do software de modelagem 3D Blender para criar alguns modelos que foram utilizados na montagem do ambiente virtual do simulador RMN. A linguagem de programação C# auxiliou na criação das interações do simulador, desde interagir no menu principal que busca simular uma sala de espera para realizar o exame, como também, na parte do simulador, onde ocorre a interação principal do paciente com o ambiente virtual.

Neste momento o paciente é transportado para um mundo virtual que simula a realidade. Foi criada para isso uma estrutura física da máquina de ressonância tornando a simulação mais realista, uma vez que foi misturado o real (painel em mdf e a marca) com o virtual (simulador). Para propiciar a imersão no ambiente virtual foi utilizado o Oculus Rift que possibilita toda documentação detalhada de como funcionam a integração com a Unity.

A tecnologia de RV está em ascensão nas pesquisas das ciências da saúde, principalmente na psicologia, incorporando aos seus estudos a avaliação formal de novas tecnologias para dimensionar o impacto de seus usos como recurso terapêutico. Com a construção e uso do simulador de Realidade Virtual para Terapia do Transtorno de Ansiedade Claustrofóbico na Realização do RMN, espera-se poder ajudar as pessoas no tratamento dessa fobia, disse o professor Mozart de M. Alves Junior.

 A Erbase é promovida em conjunto com a Sociedade Brasileira de Computação (SBC), uma das maiores sociedades científicas do país de atuação diversa em questões nacionais relativas à informática. Sua organização se dá por um comitê composto por representantes institucionais da SBC em Instituições de Ensino Superior (IES) que tenham cursos de computação e informática dos referidos Estados. 

O tema desta edição “Indústria 4.0 - Computação fazendo fazer melhor”, que discutiu e buscou entender a crescente demanda no contexto do modo de produção referente ao acesso e processamento das informações em tempo real para melhorias no marketing e produção de bens e serviços. Desta forma, a Erbase 2019 deu visibilidade a investigações relacionadas a essa realidade.