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Inaugurada em 1950, a televisão no Brasil em pouco tempo desbancou o rádio e ganhou um lugar de destaque nos lares brasileiros. Ver televisão, mais do que um entretenimento, era um evento social, com família e amigos reunidos diante da tela.
Com o passar das décadas, essa ação só se intensificou. Com a chegada da TV paga nos anos 90, o interesse se diversificou. Afinal, diferentemente das atrações oferecidas pelos canais tradicionais da TV aberta, nos canais por assinatura o espectador podia escolher que tipo de canal assistir e que tipo de programa mais lhe interessava. A segmentação havia chegado para ficar.
Nos últimos anos, vimos uma mudança ainda mais radical no antes tão simplista – e ao mesmo tempo empolgante – ato de assistir TV: a chegada do streaming, como a Netflix e a HBO. Com ofertas multiplicadas e proporcionando ao espectador a possibilidade de ver filmes, documentários e séries quando quiser, ficar diante da tela agora é uma ação, digamos, bem mais complexa. Segundo pesquisa, cerca de 8% dos lares brasileiros já utilizam esse tipo de serviço.
Com essa nova concorrência, a TV por assinatura perdeu seu espaço: nos últimos cinco anos, foram mais de 3 milhões de assinantes a menos. A questão pode ser econômica, claro, mas evidencia também uma mudança de hábito e de geração. Hoje, jovens preferem ver séries a assistir à TV aberta, por exemplo.
Diante disso, como fica a comunicação televisiva? A questão é meramente tecnológica ou também é social? Qual o futuro das TVs abertas?
Para responder a essas e outras perguntas sobre o futuro da televisão no Brasil, o Diálogos na USP, apresentado por Marcello Rollemberg, recebeu os professores Maria Arminda do Nascimento Arruda, socióloga, diretora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciência Humanas da USP e Renato Levi, professor da Escola de Comunicações e Artes da USP, especialista em memória audiovisual e história da televisão.
Maria Arminda do Nascimento Arruda e Renato Levi no Programa Diálogos na USP – Foto: Reprodução Youtube
Maria Arminda disse acreditar que, como aparelho, a televisão não perdeu espaço no mercado, apesar de ter passado por diversas mudanças ao longo da história. “É claro que o lugar que os aparelhos ocupam na casa foi muito mudado nas últimas décadas”, afirmou, relembrando que inicialmente as televisões eram móveis e, com o passar do tempo, passaram a ocupar um lugar de destaque nas salas das casas. “A disposição dos objetos não é qualquer coisa. Eles trazem um grande significado cultural. Os objetos significam”, concluiu.
Renato Levi destacou o baixo porcentual de brasileiros que utilizam o streaming, argumentando que, “se a gente olhar a nossa própria bolha, aqui dentro da Universidade, arriscaria dizer que quase 100% das pessoas. Então a gente confunde o ambiente em que vivemos com a totalidade”. Esse dado mostra que a televisão ainda possui uma força muito grande e ainda é um hábito do brasileiro,”é uma referência para as pessoas e faz companhia, seja para o bem ou para o mal”.
Maria Arminda apontou para o importante papel político desempenhado pela televisão, recordando o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff: “A conjuntura daquele momento seria inconcebível sem o Jornal Nacional, mesmo que houvesse motivos para o processo”. Este exemplo demonstra o quanto as produções televisivas ainda influenciam a opinião e o debate público. “Todo esse processo político brasileiro é impensável sem a televisão, e a cultura do ódio que vemos atualmente esteve na televisão também”, afirmou Maria Arminda.
Levi ressaltou que, apesar de ainda ser muito presente, a televisão está vivendo um momento decisivo. “O formato do telejornal está em crise há muito tempo, só que há dificuldade em se abandonar esse modelo”, afirmou. O professor também apontou para a nova concorrência com o WhatsApp para a divulgação de informações, plataforma em que “não existe mediação. Não se sabe da onde vêm as informações, ninguém é responsabilizado e as pessoas reeditam as coisas compondo o contexto que querem. Em termos informacionais é um caos”.