Maceió

Ameaçada, advogada sobrevivente de atentado na porta do Fórum tem segurança renovada

TNH1 | 11/04/22 - 11h50
O atentado aconteceu em março de 2021 | Arquivo

Após alegar que continua sendo vítima de ameaças, a advogada Mauricélia Schlemper, sobrevivente do ataque a tiros que matou o bacharel em Direito José Benedito Alves de Carvalho, esposo dela, na porta do Fórum do Bairro Duro, no dia 9 de março de 2021, teve a renovação da segurança individualizada aprovada após pedido no Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg). O autor do atentado foi identificado como Pasquale Palmieri, italiano que foi preso e vai responder na Justiça pelo crime.

A 7ª reunião ordinária do Conseg, com o Ministério Público do Estado de Alagoas, aconteceu nesta segunda-feira (11) e, entre os quatro pontos da pauta, estava a aprovação da renovação de segurança de Mauricélia, que foi concedida pelo órgão. Com isso, a advogada continua a receber proteção por mais 90 dias. 

No dia 3 de janeiro deste ano, Pasquale Palmieri foi pronunciado a júri popular e vai responder pelos crimes de homicídio contra José Benedito e tentativa de homicídio contra a advogada e a ex-mulher. A decisão foi do juiz Felipe Ferreira Munguba, da 7ª Vara Criminal da Capital. 

Na ocasião, o magistrado também manteve a prisão preventiva do réu. O juiz levou em consideração a ordem pública, indícios de que o italiano pretendia fugir após o crime, além de possíveis ameaças às outras duas vítimas sobreviventes e o fato da ousadia do réu em cometer o crime na frente do Fórum da Capital. 

O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) confirmou que o júri popular está marcado para o dia 31 de maio de 2022.

Entenda o caso - No dia, 9 de março de 2021, conforme consta nos autos, em frente ao Fórum Jairon Maia Fernandes, no bairro Barro Duro, em Maceió, Maricélia Schlemper e seu esposo José Benedito estacionaram o carro e seguiram ao encontro da ex-mulher do italiano, quando o mesmo se aproximou e, ironicamente, cumprimentou a advogada indagando se, naquele dia, chegariam a um acordo.

Em seguida à resposta da advogada, Pasquale sacou um revólver do calibre 32 e mirou em direção à cabeça de sua ex-mulher avisando que “não teria acordo nenhum”. Apesar de puxar o gatilho, a munição pinou. Da mesma forma ocorrendo quando apontou para a advogada Maricélia. José Benedito, vendo a intenção criminosa do italiano, passou à frente de Maricélia, sua esposa, e a empurrou, tirando-a do foco do denunciado, o que reforçou o ódio do denunciado que, dessa vez, ao apertar o gatilho, conseguiu deflagrar dois tiros contra José Benedito, sendo um na mão e outro na região torácica, vitimando-o fatalmente.