Brasil

Amigos, colegas de profissão e clubes lamentam morte do jornalista Rodrigo Rodrigues

Redação TNH1 | 28/07/20 - 14h03
Reprodução

Amigos, colegas de profissão e clubes de futebol lamentaram a morte do jornalista e apresentador do SporTV, Rodrigo Rodrigues, que faleceu nesta terça-feira aos 45 anos no Rio de Janeiro. Rodrigo foi diagnosticado há 15 com o novo coronavírus. Desde então, estava em casa e afastado do trabalho. No último sábado ele deu entrada na emergência do hospital e teve confirmada trombose venosa cerebral.

Companheiros do Grupo Globo, amigos de profissão, profissionais de futebol e muitos clubes do futebol brasileiro utilizaram as redes sociais para prestar uma última palavra de homenagem ao apresentador. Veja abaixo. 

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RR se foi. Está consumado. Ainda falamos na quinta e na sexta-feira. Nāo nos despedimos. Quase sempre nāo damos adeus para quem se vai definitivamente. Nunca esperamos. Nunca prevemos. Nunca imaginamos. No fundo, entendemos que nāo acontecerá conosco e com os nossos. Mas a dor nāo tem endereço. Queria muito trabalhar com RR. Ficamos amigos pelo telefone. Nāo lembro como. Acho que foi por causa do Bate-Bola da hora do almoço, na ESPN Brasil. Ele apresentava, com debates de Lúcio de Castro, Mauro Cezar Pereira e PVC. Começamos a trocar idéias. E ele sempre dizia que nos divertiríamos muito juntos no estúdio. E assim foi. Eu gargalhava no ar com ele. Ele fazia o mesmo. A última foi no dia 10 de julho. Tá postada lá na timeline dele. “Vamos à cabine do Maracanā, onde estāo Luiz Carlos Jr e Ledio Carmona, sempre simpaticíssimo, um ombro amigo, com muito afeto”. Assim ele sempre me apresentava. Eu me esbaldava de rir. Tínhamos química. Éramos amigos e havia conforto e espontaneidade na amizade. Durou pouco, mas foi bom demais. RR era leve, energia boa, deixava qualquer um a vontade. É muito doloroso. Ele nāo merecia. Nós também nāo. E o álbum das nossas vidas a cada dia fica com as páginas mais vazias. Em menos de 15 anos perdi avó, pai, tio, madrinha, grandes amigos e irmāos, referências, gente querida. É um recado claro de que a vida escorrega com o tempo. Até 2006, só perdi meu avô, em 1981. A partir de 2006, uma avalanche de gente querida. Como Rodrigo Rodrigues, com quem sempre quis trabalhar e conviver e tive esses dois anos de presente. Estou mal, péssimo, desorientado. Precisamos seguir. E lembrar muito dele. Como de todos que nos fazem tanta falta. Rodrigo era tāo especial que, no dia em que se vai, ele nos oferece o choro da perda, porém, ao mesmo tempo, nos permite sorrir com tantos momentos que vivemos. Que consigamos conviver com mais esse pesadelo. Sobe em paz, RR.

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