Polícia

Caso Jonas: Corregedoria da PM indicia militares por homicídio qualificado

Redação TNH1 | 20/04/21 - 17h28

Após investigação, a Corregedoria da Polícia Militar (PM) decidiu pelo indiciamento dos militares envolvidos no desaparecimento do servente de pedreiro Jonas Seixas da Silva, ocorrido no dia 9 de outubro do ano passado.

De acordo com texto publicado no Boletim Geral Ostensivo (BGO) da Polícia Militar dessa segunda-feira, 19, o Inquérito Policial Militar (IPM) identificou indícios suficientes para afirmar que o terceiro sargento Fabiano Pituba Pereira, o cabo Tiago Asevedo Lima, o soldado Jardson Chaves Costa, o soldado João Victor Caminha Martins de Almeida e o soldado Filipe Nunes da Silva cometeram os crimes de sequestro qualificado, tortura, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Os cinco militares estão presos desde o final do mês passado.

A Corregedoria determinou também a instauração de processo administrativo disciplinar que pode culminar na expulsão dos militares das fileiras da PM. Uma cópia do IPM foi enviada para a 62ª Promotoria de Justiça da Capital, responsável pelo controle externo da atividade policial.

No último dia 29 de março, o Ministério Público de Alagoas (MPAL), por meio das 9ª e 47ª Promotorias de Justiça da Capital, após a conclusão do inquérito da Polícia Civil, afirmou que o caso se tratava de sequestro, tortura, homicídio qualificado e ocultação de cadáver, razão pela qual pediu a prisão preventiva dos cinco militares. 

O MPE apontou contradição nas versões apresentadas pelos militares. Durante os depoimentos, eles tentaram plantar um álibi, orientando uma testemunha, amiga de um deles, a respeito do que ela deveria dizer em seu depoimento à polícia, a fim de confirmar a versão dos mesmos, na tentativa de não serem responsabilizados. 

O caso

Jonas Seixas desapareceu no dia 09 de outubro, quando foi visto pela última vez ao ser abordado por policiais militares, na comunidade Grota do Cigano, no bairro Jacintinho.

Durante a abordagem, segundo informações, a polícia informou que levaria Jonas Seixas até a Central de Flagrantes, no bairro do Pinheiro. O paradeiro do homem, no entanto, ainda é desconhecido pela família.