Interior

Conselho universitário recomenda desligamento de estudante de Medicina que ironizou morte de idosa

Redação TNH1 | 16/02/22 - 15h02
Reprodução / Instagram

A estudante de medicina que ironizou a morte de uma paciente na Unidade Mista Dr. José Carlos de Gusmão, em Marechal Deodoro, teve o desligamento do curso recomendado pelo Conselho Universitário (Consuni) do Centro Universitário Cesmac. 

Segundo o vice-reitor da universidade, professor Douglas Apratto Tenório, o Consuni decidiu pela recomendação após o resultado - que ainda será divulgado - da Comissão de Sindicância, que é composta por três membros, e ouviu a aluna, com direito a ampla defesa e ao contraditório. 

"Há instâncias legais, normas estatutárias e legislação para se aplicar à gradação de penalidades". explicou Apratto à produção da TV Pajuçara, ressaltando que o resultado da Comissão de Sindicância só sairá no próximo mês, seguindo as exigências legais. 

O TNH1 entrou em contato com a assessoria de comunicação do Cesmac, que deve se posicionar em breve. O texto será atualizado assim que houver resposta. 

Entenda o caso - Uma estudante de medicina em Maceió foi suspensa das atividades de estágio em uma unidade de saúde de Marechal Deodoro, no dia 8 de fevereiro, após publicar nas redes sociais que "perdeu a hora de dormir" no plantão do estágio, enquanto uma mulher chegou com sinais de infarto e edema agudo no pulmão. "Atualizações: a mulher morreu e eu não dormi", ironizou a estudante. 

Assim que as publicações tiveram repercussão, a estudante do curso de Medicina do Centro Universitário Cesmac foi suspensa por seis meses de todas as atividades da faculdade, além de ser reprovada no estágio na unidade de pronto atendimento de Marechal Deodoro, onde o caso aconteceu. Desde então a universidade instaurou uma Comissão de Sindicância para analisar o futuro da estudante na instituição de ensino. 

A família da aposentada Lenilda Silva Nunes, de 62 anos, que morreu após dar entrada na unidade de saúde de Marechal Deodoro, afirmou que vai processar a estudante de medicina que ironizou a morte da idosa nas redes sociais. A família também avalia processar a Secretaria de Saúde do município, responsável pela supervisão das atividades da estudante na unidade de saúde.