Alagoas

CPRM identifica 'grau de risco muito alto' em rachaduras na cidade do Pilar

Ascom CPRM | 25/08/22 - 12h18
Rachaduras em imóvel, na área nomeada como 'Setor 4' de análise | Foto: CPRM

Foi divulgado, nesta quarta-feira (24), o relatório de Avaliação Técnica Pós-Desastre, realizado por pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) e por técnicos da Prefeitura Municipal de Pilar (AL). As áreas afetadas pelas fortes chuvas, ocorridas no início do mês, foram vistoriadas nos últimos dias 09 e 10 de agosto.

O documento aponta que as áreas enfrentam um fenômeno caracterizado pelo movimento de massa lento e que pode ocorrer de forma constante, sazonal ou intermitente. Como consequência, o rastejo pode promover destruição nas construções. Das áreas vistoriadas no município, foram identificadas três áreas com risco geológico, classificadas como grau de risco muito alto de rastejo, abragendo 13 imóveis.

O relatório, organizado pelo pesquisador em Geociências do SGB-CPRM, Gilmar Pauli Dias, analisou áreas ocupadas em que há presença de construções como casas e estabelecimentos de serviços - e que foram atingidas ou que apresentam risco iminente de serem afetadas por deslizamentos, fluxo de detritos, quedas de blocos de rocha, enxurrada, inundação ou enchente.

Principais resultados- Classificadas como grau de risco muito alto, as áreas apresentam: muros tombados, árvores inclinadas e rachaduras em imóveis. Além disso, foram identificadas identificadas trincas no solo contínuas e prolongadas, algumas vezes evoluídas a degraus de abatimentos, caracterizando o processo de rastejo.

Para evitar esse tipo de ocorrência, o documento recomenda que o município promova estudos geotécnicos e hidrológicos, cuja finalidade será dar embasamento para possíveis projetos de estabilização do solo.

Outra recomendação é que seja realizada a adequação do sistema de drenagem pluvial e de esgoto, para evitar que o fluxo seja direcionado sobre o terreno instável. Além disso, o relatório indica a importância de um monitoramento contínuo das regiões afetadas - incluindo as localidades de risco médio - para que seja identificado, com antecedência, o desenvolvimento do problema.

Confira aqui o relatório de Avaliação Técnica Pós-Desastre.

O TNH1 entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura do Pilar, que ficou de enviar uma resposta.