Maceió

Em greve, servidores da educação de Maceió fazem ato na Fernandes Lima

TNH1 | 27/07/22 - 10h00
Foto: Divulgação/Sinteal

Sem avanço nas negociações e em greve há mais de 15 dias, os servidores da educação de Maceió fizeram um novo ato, na manhã desta quarta-feira, 26, em frente ao Centro de Estudos e Pesquisas Aplicadas (Cepa), no bairro do Farol e, em seguida, eles seguiram em caminhada pela Avenida Fernandes Lima. O ato, segundo os servidores, é mais uma tentativa de cobrar da prefeitura da capital alagoana um reajuste salarial acima da inflação e melhorias nas condições de trabalho.

Na última quinta-feira (21), um grupo de professores também esteve na porta de um hotel, na parte baixa da capital alagoana, para tentar ser ouvido pelo prefeito de Maceió, JHC. Porém, apesar da mobilização, o grupo não foi recebido.

De acordo com com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), Consuelo Correia, é necessário que a Prefeitura de Maceió ofereça uma proposta digna e que valorize todos os trabalhadores da categoria.

"A gente não quer conversar com secretário ou secretária da prefeitura para ouvir a mesma proposta. Queremos proposta nova, que traga a dignidade e valorização de todas as trabalhadoras e trabalhadores que fazem a educação em Maceió. A gente não aceita sentar à mesa para referendar uma proposta que foi rejeitada pela categoria e sindicatos aqui presentes [no protesto]. Este aumento [de 4%], o prefeito pode até ter mandado para votação na Câmara dos Vereadores. Mas a gente vai fazer a luta para que não seja aprovado”, enfatizou Consuelo.

A decisão de greve geral foi acordada pela categoria durante assembleia realizada pelo Sinteal no começo deste mês de julho. De acordo com o sindicato, a decisão de paralisação dos servidores acontece após várias tentativas de negociação com a gestão JHC por condições de trabalho e valorização. 

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Maceió informou que mantém aberta a mesa de negociação com o sindicato, juntando todos os esforços e dialogando com a categoria para chegar a um acordo em comum. Veja a nota, na íntegra:

"A Secretaria Municipal de Educação (Semed) mantém aberta a mesa de negociação com o sindicato, juntando todos os esforços e dialogando com a categoria para chegar a um acordo em comum. O reajuste proposto está em conformidade com a realidade fiscal do Município, para que não sejam afetados serviços essenciais, como saúde, educação e assistência social.

A Secretaria salienta que, desde o início da gestão do prefeito JHC, já  foram investidos R$ 100 milhões na folha de pagamento, entre biênios e retroativos que não foram pagos por gestores anteriores. Os investimentos realizados pela Semed têm beneficiado professores, servidores administrativos e os mais de 55 mil estudantes das unidades da rede de ensino".

Professores de Maceió continuam em greve mesmo após decisão judicial -  Na última quinta-feira, 21, uma assembleia foi realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) e a categoria decidiu por manter a greve, mesmo após a justiça ter determinado, na última terça-feira, 19, que os servidores da educação de Maceió retornassem imediatamente às atividades de trabalho, sob pena multa diária de de R$ 5 mil em caso de descumprimento.

De acordo com a presidente do Sinteal, Consuelo Correia, a decisão de manter o movimento aconteceu devido à falta de avanços nas negociações com o prefeito JHC. "Não vamos nos acovardar. A luta é pelos nossos direitos! O JHC anunciou que vai pagar o piso, mas não respeita o servidor de carreira. Vamos manter a greve pela falta de avanço nas negociações com o prefeito. Ele disse que vai implantar um novo piso para servidores de nível médio, mas deixa de fora os profissionais com nível superior -  que são a maioria dos servidores. Isso é uma tentativa de enganar as pessoas com meias verdades. É um ataque à nossa luta", desabafou a presidente.