Alagoas

Entenda como calcular o consumo mensal de água

Assessoria | 28/05/21 - 17h56
Assessoria

O hidrômetro é o equipamento utilizado pelas companhias de abastecimento para calcular o consumo de água das residências e estabelecimentos, sejam públicos ou privados. Mas você sabe como esse cálculo é feito? A Agreste Saneamento, uma empresa do Grupo Iguá, e a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) trazem o passo a passo para compreender o processo e ainda dão dicas de como zelar e adotar hábitos de uso consciente.

O primeiro passo para compreender a utilidade do equipamento é conhecer seu funcionamento. Você sabia que toda vez que abre o chuveiro ou liga a máquina de lavar roupas, o hidrômetro da sua casa começa a registrar o volume de água utilizado na ação? O aparelho, conhecido popularmente como “relógio”, regula a passagem da água do sistema para dentro dos imóveis. Ele também mede o consumo em tempo real e é um grande aliado para controlar o desperdício.

No entanto, é muito comum ocorrerem dúvidas quanto ao seu funcionamento entre os usuários. E as mais frequentes, de acordo com o gerente operacional da Agreste Saneamento, Marcello Cardoso, estão relacionadas às numerações existentes no equipamento e à relação com os valores cobrados.

Marcello explica que o volume de água é medido em metros cúbicos (M³) para fins do cálculo da conta. As numerações do hidrômetro na cor preta indicam a quantidade em metros cúbicos consumida ao longo de um determinado período; já os números em vermelho não entram no somatório porque apontam os litros consumidos.

“O procedimento que determina o consumo no mês é muito simples: basta observar o valor atual no medidor e subtrair o valor da leitura anterior que pode ser identificada em sua última fatura. Por exemplo, um consumidor que verifique no visor do hidrômetro a numeração 3524, referente à leitura do mês anterior, e ao fim do mês esteja registrado 3534, vai ter consumido 10 m³ (10.000 litros) de água”, detalha.

Até a faixa de consumo de 10 m³ (10.000 litros) por mês, a tarifa é de R$ 4,97 por m³ utilizado. Ou seja, o consumidor pagará R$ 49,70, sem considerar os impostos, taxa de esgoto e possíveis encargos por atraso. O uso excedente implica em ajuste dessa tarifa.

“Quando o hidrômetro é compreendido e controlado, é possível ajudar os consumidores a ter mais consciência sobre a importância da utilização racional da água, além de evitar vazamentos e desperdícios”, reforça Cardoso.

Outra dica valiosa para identificar possíveis vazamentos é observar o desempenho durante um período fora, por exemplo.

"Para o consumidor identificar possíveis vazamentos no imóvel, quando for fazer uma viagem ou se ausentar de casa por um período, observar a leitura atual do hidrômetro e comparar quando retornar. Ou então, fechar os registros evitando assim o desperdício e aumento na conta em possíveis ocorrências", enfatiza.

Importância do equipamento

Todos os hidrômetros adquiridos pela Agreste Saneamento e Casal são criteriosamente avaliados e possuem aprovação de modelo junto ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Por meio da leitura do hidrômetro, é possível também acompanhar com mais agilidade a existência de quaisquer ocorrências que gerem alterações significativas na média de consumo.

“Além de ser muito relevante para a economia doméstica, o hidrômetro também tem uma importância social. A partir das medições dos aparelhos em todos os domicílios, o poder público e as concessionárias conseguem mapear os hábitos da população, detectar excessos, propor campanhas de conscientização e projetar investimentos futuros no sistema de abastecimento. Em um país em que o consumo médio de água chega a 154 litros por dia – 34 litros acima do que a ONU considera necessário para suprir as necessidades básicas das pessoas –, medir corretamente o volume de água utilizado por meio da leitura do hidrômetro é um primeiro passo para adotar o caminho de aproveitamento mais consciente”, enfatiza o especialista.

Casal tem oficina própria para recuperação de hidrômetros
 
A Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) possui uma oficina própria para conserto de hidrômetros. A unidade fica no bairro Farol, em Maceió, e recebe os equipamentos recolhidos dos imóveis que são atendidos com água distribuída pela empresa em todas as 77 cidades do estado.

Chega a 300 o número de equipamentos recebidos pela oficina por mês, após serem recolhidos pelos profissionais da Companhia ou de suas prestadoras de serviço. Além do tempo de uso, que contribui para o mau funcionamento e algumas avarias, muitos hidrômetros chegam com violações em sua estrutura, as quais podem ter sido causadas de forma proposital para gerar uma medição sub-dimensionada do consumo de água.

Desse total, os profissionais da Companhia, que são coordenados pela Supervisão de Micromedição (Supmic/Geroc), conseguem recuperar até 20% deles. Esses hidrômetros são levados novamente para os imóveis e reinstalados, seja nos mesmos ou em outros locais.

Já os que não puderem ser recuperados são leiloados como inservíveis, sendo levados de volta à indústria, num processo de reaproveitamento chamado de “logística reversa”, considerada um instrumento de desenvolvimento econômico, social e ambiental, uma vez que esses materiais não são descartados no meio ambiente.