Alagoas

Interior supera Maceió no número de óbitos por Covid em Alagoas, aponta Ufal

Ana Carla Vieira | 17/02/21 - 15h55
Reprodução

De acordo com a análise feita pelo Observatório  Alagoano de Políticas Públicas para o Enfrentamento da Covid, após o encerramento da 6ª semana epidemiológica de 2021, os indicadores continuam apontando um descontrole da doença no estado.

Segundo os dados, em comparação com as regiões, Maceió continuou registrando a maioria dos casos, com 54% deles.

"Neste cenário, com 169 para cada 100 mil habitantes, Maceió continuou apresentando na 6ª SE [Semana Epidemiológica] a maior incidência de casos entre as regiões analisadas, seguida por Arapiraca e o Alto Sertão Alagoano, que registraram 109 e 76 casos para cada 100 mil habitantes", aponta o relatório.

No entanto, quando observado o número de óbitos a situação se inverte. Os demais municípios alagoanos superam à capital na taxa de mortalidade causada pela Covid, e Maceió fica com 46% dos óbitos notificados no período analisado.

"Assim, o elevado número de casos suspeitos, a proporção de resultados positivos entre os exames realizados e a demanda crescente de leitos hospitalares são evidências da piora do cenário epidemiológica da COVID-19 no estado", revela a análise.  

Testagem 

O Observatório chama, mais uma vez, atenção para a quantidade de testes realizados no estado e de casos suspeitos . "A testagem é um fator primordial para o reconhecimento do cenário epidemiológico e planejamento de estratégias de controle", traz o texto. 

Ainda de acordo com o relatório, Alagoas  está na penúltima posição em relação à testagem, tendo realizado 8.959 testes para cada 100 mil. Por conta disso, o Observatório destaca que os indicadores de casos e óbitos devem ser interpretados com muita cautela.

Há uma preocupação, mediante este cenário, de que a situação se agrave ainda mais nas próximas semanas.

"Esse cenário, somado à retomada das aulas presenciais sem critérios e planejamento adequados, além do descumprimento das medidas de controle, potencializado pelas aglomerações registradas ao longo do período de carnaval, podem agravar ainda mais a situação nas próximas semanas, fazendo com que as curvas de casos e óbitos continuem a subir", conclui o relatório.