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Irmãs russas matam pai a facadas após anos de maus-tratos

30/07/18 - 21h33
Reprodução

Três irmãs russas de 17, 18 e 19 anos mataram o pai a facadas e marteladas para, supostamente, colocar fim aos maus-tratos que sofriam, informaram nesta segunda-feira (30) os veículos de imprensa da Rússia.

A polícia encontrou o corpo de Mikhail Khachaturian na noite de sexta-feira (27) no apartamento da família, em Moscou. No dia seguinte, as três filhas foram detidas, momento em que admitiram o assassinato e acusaram a vítima de maltratá-las fisicamente e psicologicamente durante anos.

Kristina, Angelina e Maria agora aguardam seu julgamento por assassinato, no qual podem ser condenadas a até 15 anos de prisão.

“Nós o odiávamos”, disse Kristina, de 19 anos, à polícia, segundo a imprensa local. “Queríamos que ele fosse embora e nunca mais voltasse.”

Segundo o canal de televisão 360º, as irmãs tinham planejado matar Khachaturian e o atacaram quando ele estava em sua poltrona.

“A menor o esfaqueou. A segunda das irmãs usou um martelo para atingi-lo na cabeça, enquanto outra jogou gás de pimenta em seu rosto. O homem resistiu e conseguiu ferir sua filha mais velha”, afirma o canal.

Segundo fontes policiais citadas pela agência governista RIA Nóvosti, o homem, de 57 anos, atacou a filha com uma faca primeiro, e a outra irmã tirou a arma de suas mãos e o esfaqueou.

A agência afirma ainda que a mais nova das irmãs esfaqueou pelo menos 35 vezes o pai, a do meio bateu 10 vezes em sua cabeça com um martelo, e a mais velha jogou gás de pimenta e o esfaqueou no coração.

Durante o interrogatório, as meninas declararam à polícia que o pai estava sob efeitos de drogas quando atacou uma delas.

Uma amiga das irmãs afirmou ao canal 360º que os espancamentos começaram há quatro anos e que a mãe das jovens fugiu de casa para evitar os maus-tratos.

Segundo o jornal Moskovskiy Komsomolets, Khachaturian era o homem mais temido em seu bairro, no norte de Moscou, e gritava continuamente com suas filhas. Pessoas próximas à família disseram também que o homem estava ligado ao crime, era “uma espécie de chefe de máfia”.