Familiares de Louise Gbyson Vieira de Melo, a mulher trans morta pelo serial killer de Maceió, Albino Santos de Lima, chegaram no início da manhã desta sexta-feira (06) ao Fórum do Barro Duro para acompanhar o júri do acusado. Com camisas brancas personalizadas, com a foto da vítima, eles aguardaram o começo do julgamento, com previsão de término nesta tarde, e esperam a condenação de Albino, que já confessou o crime.
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A avó de Louise, Lucineide Vieira dos Santos, conversou com o repórter Bruno Protasio, da TV Pajuçara, e descreveu como era a neta no dia a dia. "Ela era uma pessoa do bem, tinha defeito como todo mundo, mas era uma menina que passava o dia tranquilamente em casa [...] Estava estudando, tinha planos... Ela concluiria os estudos em março do ano seguinte. Todo mundo gostava dela", disse.
Ainda de acordo com a dona Lucineide, a condenação de Albino pode trazer um alívio para família, mesmo convivendo com a dor da perna há um ano e meio. "O sentimento da gente é de querer Justiça. A partir daí, pode abreviar essa dor que a gente sente. A Louise morreu com tantos sonhos, não tinha maldade no coração. A perda continua dolorosa. A gente sabe que não terá ela de volta, mas será um alívio, de certa forma, com esse cara pagando por mais um crime. Ela não merecia".
A avó relembrou um momento de alegria com a neta, quando ela conseguiu a correção do nome para o de pessoa trans. "Quando completou 18 anos, ela retificou toda a documentação, foi uma festa para ela. Ela queimou o registro e disse: "pronto, o Hudson morreu". Não aceitava que chamasse ela pelo nome masculino, era sempre Louise", disse a avó orgulhosa.
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