Brasil

Neto do ex-presidente Lula morre aos 7 anos por meningite

UOL | 01/03/19 - 13h31
Lula, o neto Arthur e a esposa Marisa, também falecida | Reprodução

O neto de 7 anos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Arthur Araújo Lula da Silva, morreu hoje em decorrência de uma meningite meningocócica. A informação foi confirmada pelo Hospital Bartira, do grupo D'Or, em Santo André (Grande São Paulo). Arthur deu entrada no hospital às 7h20 e teve a morte registrada às 12h11.

"O Hospital Bartira informa que o paciente Arthur Araújo Lula da Silva, de 7 anos, veio a óbito às 12h11, devido ao agravamento do quadro infeccioso de meningite meningocócica. O paciente havia dado entrada às 7h20 desta manhã com quadro instável", diz o hospital em nota.

A meningite meningocócica é uma infecção bacteriana que provoca inflamação entre as meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Os principais sintomas são febre alta, dor de cabeça forte e náuseas.

Procurados pela reportagem do UOL, os advogados de Lula afirmaram que ainda não definiram se pedirão liberação do ex-presidente para acompanhar o velório e o enterro.
No Twitter, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmnann, diz que fará "de tudo" para que o ex-presidente possa acompanhar o velório e enterro do neto.

"Presidente Lula perdeu seu neto hoje. Que tristeza. Arthur tinha 7 anos e foi vítima de uma meningite. Força presidente, estamos do teu lado, sinta nosso abraço e solidariedade. Faremos de tudo pra q vc possa vê-lo. Força a família, aos pais Sandro e Marlene. Dia muito triste", disse Gleisi.

A meningite meningocócica é uma infecção bacteriana que provoca inflamação entre as meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Os principais sintomas são febre alta, dor de cabeça forte e náuseas.

Em janeiro, ao pedir permissão para que Lula deixasse a Superintendência da PF e acompanhasse o funeral do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, a defesa do ex-presidente usou como argumento o artigo 120 da Lei de Execução Penal, que prevê que presos podem deixar a cadeia em caso de morte de "cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão".

Na ocasião, a juíza responsável pela execução penal de Lula, Carolina Lebbos, pediu manifestações da PF e do MP (Ministério Público) sobre o pedido de Lula. Alegando, entre outras razões, dificuldade estratégica de garantir a segurança do preso e dos agentes oficiais que fizessem sua escolta, a Polícia não concordou com a saída do petista. A juíza acatou e não liberou a presença de Lula no enterro do irmão.

A defesa acionou o STF (Supremo Tribunal Federal), e o presidente da corte, Dias Toffoli deliberou sobre o caso a poucos minutos do enterro. O ministro permitiu que Lula viajasse a São Bernardo para se encontrar com familiares, mas o ex-presidente, que já não tinha mais tempo para acompanhar o funeral, recusou a autorização e permaneceu em Curitiba.
Lula está preso na superintendência da PF em Curitiba desde o dia 7 de abril.