Maceió

Pesquisador confirma que animais na orla de Jatiúca eram tubarões; veja vídeo

Deborah Freire | 03/01/19 - 08h33
Registro ocorreu na praia de Jatiúca | Reprodução

Os vídeos registrados por maceioenses e turistas na praia de Jatiúca, que mostram a presença de tubarões na parte rasa do mar, foram analisados pelo coordenador do projeto Tubarões e Arraias de Alagoas, professor Cláudio Sampaio.

Para ele, apesar de as imagens serem de baixa qualidade, feitas por celular e durante a noite, não há dúvidas de que se tratam de tubarões. “O formato, o comportamento, a forma de nadar... Isso não deixa dúvidas de que se trata do animal”, revelou em entrevista ao TNH1.

Assista:

De acordo com Sampaio, o que pode ter levado os animais para a costa foi a presença de cardumes de peixes menores, atraídos pela iluminação artificial de postes direcionados à água, comuns naquela parte da orla de Maceió.

“O que temos que lembrar é que eles estão no ambiente natural. À noite, ficam mais ativos, se aproveitam da escuridão para caçar. A presença desses animais tão próximos à praia causa curiosidade, mas não precisa ter nenhum sentimento de medo, e sim respeito”, defende o pesquisador.

Precaução

Para evitar acidentes com os animais, o pesquisador indica evitar a área à noite, seja para banho, surfe, mergulho ou outros esportes. De dia, ele acredita não ser necessário evitar a região. “Milhares de pessoas frequentam a praia de dia, e quantas notícias sobre a presença de tubarões temos visto?”, tranquiliza.

Espécie ameaçada

O professor esclarece ainda que a presença de tubarões na costa de Maceió não deve ser motivo de pânico e que não é devido a algum desequilíbrio ambiental. Ele defende que as pessoas conheçam mais sobre a espécie e entendam a importância dela para o equilíbrio marinho.

“Tubarões possuem órgãos sensoriais muito fortes e percebem a movimentação atípica de peixes. Eles retiram peixes doentes, com má-formação, velhos, ou seja, realizam uma seleção natural. Mas eles representam parte significativa das espécies marinhas ameaçadas”, afirma.