Brasil

Polícia apreende mais duas cobras que pertencem a estudante picado por naja

Uol | 30/07/20 - 17h28
Divulgação / PC DF

A Polícia Civil do Distrito Federal, por intermédio da 14ª DP, apreendeu hoje, no no curso na Operação Snake, cinco serpentes. Duas delas pertencem ao estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Krambeck, que foi picado por uma cobra naja em 7 de julho.

De acordo com a PCDF, são três serpentes corn snake, uma rat snake e uma nigritus. A polícia não especificou quais eram de Pedro Henrique, quem é o proprietário das demais cobras e onde ocorreu a apreensão.

Após a apreensão, os animais serão encaminhados para o Jardim Zoológico de Brasília por uma equipe do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Ontem, Pedro Henrique foi preso pela PCDF. Ele é suspeito de integrar um esquema para a prática de crimes ambientais, como tráfico de animais.

A prisão temporária tem prazo de cinco dias e faz parte da quarta fase da Operação Snake. Na terceira fase, o amigo de Pedro Henrique que teria ocultado cobras, Gabriel Ribeiro de Moura, também foi preso temporariamente.

Na última semana, uma reportagem do jornal Correio Braziliense informou que uma testemunha ouvida pela polícia do Distrito Federal afirmou que Pedro Henrique comprava e vendia cobras exóticas desde 2019. A testemunha, que é um conhecido do estudante, disse em seu depoimento saber que Krambeck mantinha cobras em casa e que ele as vendia ilegalmente.

Após o estudante ser picado pela naja, criada dentro do apartamento onde mora com os pais, a polícia recebeu denúncias anônimas e chegou até um haras onde havia mais 16 cobras de espécies exóticas.

A polícia suspeita de tráfico nacional ou internacional de animais, com a reprodução das cobras. Os oficiais também acreditam que o jovem, junto a outros colegas da faculdade, usava as serpentes para produzir soro antiofídico ilegalmente. O Ibama aplicou R$ 78 mil em multas para a família dele.

Pedro Henrique Krambeck ficou hospitalizado por mais de uma semana e chegou a entrar em coma após o incidente. Como a cobra naja não é natural do Brasil, só existia uma dose de soro antiofídico no país para tratar a picada. O medicamento teve que ser enviado para o estudante do Instituto Butantan, em São Paulo. Originária da África e da Ásia, a naja é uma das cobras mais venenosas do mundo.