Brasil

Réveillon de Copacabana terá novo formato e evento pode acontecer sem público

UOL | 25/07/20 - 15h07
Fernando Maia/Riotur

O tradicional Reveillón do Rio de Janeiro, que reúne até 3 milhões de pessoas na praia de Copacabana, não acontecerá na virada para 2021. Pelo menos não nos moldes tradicionais. A Riotur confirmou ao UOL que, por conta da pandemia do coronavírus, não será possível realizar o evento em seu formato comum e que se estuda opções virtuais e sem público para sua realização. O comunicado indica risco de adiamento do Carnaval.

"Com relação ao Réveillon, esse modelo tradicional que conhecemos e que praticamos na cidade há anos, assim como o Carnaval, não é viável neste cenário de pandemia, sem a existência de uma vacina. Mas, é preciso ressaltar que o Réveillon não é um evento rígido e ele pode acontecer de diversas formas, que não apenas reunindo 3 milhões de pessoas na Praia de Copacabana", informou a Riotur, em nota.

O órgão vai apresentar ao prefeito da cidade, Marcelo Crivella (Republicanos), "diferentes formatos possíveis para o evento da virada, sem presença direta de público, em um modelo virtual, onde poderemos atingir o público pela TV e pelas plataformas digitais, preservando prioritariamente a segurança das pessoas e considerando também uma atmosfera de reflexão e esperança diante de tantas perdas sofridas".

Apesar de cancelar o evento tradicional que causaria aglomerações, a Riotur admite que pontos turísticos da cidade devem seguir entre os que contemplarão o novo evento, como a própria praia de Copacabana, o morro da Urca e o Cristo Redentor.

Carnaval ainda é discutido

A situação do Carnaval ainda não teve o martelo batido - São Paulo anunciou nesta semana o adiamento da folia, a princípio para maio. A Riotur explicou que vem mantendo reuniões com a Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro) para debater a realização do evento.

"Com relação ao Carnaval, o presidente em exercício da Riotur Fabrício Villa Flor de Carvalho tem participado constantemente de reuniões virtuais com o presidente da Liesa Jorge Castanheira para tratar sobre as questões que envolvem os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí. Como resultado dessas tratativas, a Riotur atendeu ao pedido da Liesa e não abriu a venda de ingressos para o setor turístico do Sambódromo. Agora, a Riotur aguarda, conforme solicitado formalmente pelo presidente da entidade, a próxima assembleia da Liga Independente das Escolas de Samba, que definirá o rumo dos desfiles e comunicará à Prefeitura do Rio", diz o comunicado.

"Portanto, neste cenário inconclusivo, ainda não é possível falar em definição do Carnaval Rio 2021, já que o planejamento deste evento é naturalmente complexo e, no cenário atual, requer cuidados especiais. (...) Vale lembrar ainda que o Carnaval é um feriado nacional e envolve outras esferas, e não apenas a municipal, sendo, portanto, uma discussão muito mais ampla, que inclui principalmente resultados de estudos científicos", conclui a nota da Riotur.