Beber para esquecer pode não ser tão a melhor estratégia, pelo contrário. Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra, sugere que o álcool, quando consumido depois de um acontecimento, ajuda a registrá-lo na memória. Isso porque ao bloquear a apreensão de novas informações, a substância dá ao cérebro a possibilidade de transformar o episódio em memória de longo prazo. A pesquisa window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256620-1'); window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256607-13');Para examinar os efeitos do consumo do álcool na memória, os pesquisadores dividiram os participantes, que bebiam apenas socialmente, em dois grupos: após serem submetidos a um teste no qual deveriam aprender palavras novas, os integrantes do primeiro grupo podiam beber o quanto quisessem, enquanto os do segundo não receberam nenhuma bebida alcoólica. No dia seguinte, ao serem questionados se lembravam do que haviam aprendido no dia anterior, o grupo que consumiu as bebidas se saiu melhor. “Nossa pesquisa não só mostrou que aqueles que beberam álcool melhoraram ao repetir a tarefa de aprendizagem de palavras como esse efeito foi mais forte entre aqueles que beberam mais”, disse Celia Morgan, principal autora do estudo, ao tabloide britânico Daily Mail. window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256620-2'); window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256607-4'); Bloqueio de novas informações “As causas desse efeito não são totalmente compreendidas, mas a principal explicação é que o álcool bloqueia a aprendizagem de novas informações e, portanto, o cérebro tem mais recursos disponíveis para estabelecer informações recentes na memória de longo prazo. A teoria é que o hipocampo, área do cérebro realmente importante na memória, inverte sua posição, transferindo essas informações para memórias duradouras.”, explicou a cientista. window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256620-3'); window._r4Ads.call('div-gpt-ad-1618237256607-6'); Apesar do resultado, os pesquisadores ressaltam que é preciso considerar os efeitos negativos do consumo excessivo do álcool, tanto para a saúde mental quanto a física. Beber para lembrar Outro estudo, realizado por pesquisadores da Universidade Caledônia de Glasgow e da Universidade London South Bank, ambas no Reino Unido, descobriu que o álcool, quando consumido após testemunhar um crime, também poderia ‘proteger a memória’ da testemunha contra informações enganosas. No estudo, os voluntários assistiram a um vídeo de uma simulação de furto, em que um homem e uma mulher invadiam uma casa e roubavam joias, dinheiro e um laptop. Depois de assistirem ao filme, os participantes foram divididos em três grupos. Os membros do primeiro grupo consumiram álcool, cientes disso. Enquanto isso, o segundo grupo, que acreditava ser o ‘sem álcool’, recebeu doses de bebida sem saber do conteúdo alcoólico. Já o terceiro, ingeriu bebidas não-alcoólicas.