Justiça

Assassino confesso de gari diz à Justiça que não se arrepende e que mataria de novo

TNH1 | 01/12/21 - 06h59

Em depoimento durante audiência de custódia realizada nessa terça-feira, 30, o assassino confesso do gari Renilson Freire de Souza, de 38 anos, crime cometido após discussão dentro de ônibus, em Maceió, afirmou que não se arrepende do crime e que cometeria o delito novamente. Felipe Cristiano da Silva teve a prisão em flagrante convertida em preventiva após pedido do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) e segue recluso à disposição das autoridades competentes.

Felipe Cristiano disse à Justiça que foi humilhado pela vítima e derrubado da escada do veículo, assim como teve seus pertences arremessados ao chão. Ele contou também que, em razão da briga e em momento de fúria, pegou a arma e atacou o gari, sustentando a narrativa de que não teve arrependimento do homicídio.

"O investigado, diante deste juízo, não demonstrou nenhum tipo de arrependimento, bem como explicitou, de forma expressa, de que praticaria novamente o delito. Narrou o flagrado que ao subir no ônibus, foi agredido, empurrado e humilhado por não usar a máscara protetora. Relatou que portava uma sacola contendo latas amassadas. Frisou que após ser humilhado pela vítima, foi derrubado da escadaria do ônibus, suas coisas caíram ao chão, em razão disso, tomado de fúria, pegou a faca que portava e desferiu diversos golpes na vítima. Sustentou a narrativa sem qualquer tipo de arrependimento. Dizendo, ainda, que faria novamente", consta no portal de serviços eletrônicos da Justiça alagoana.

A decretação da prisão preventiva, segundo o Judiciário, foi necessária como garantia da ordem pública, por considerar o modo de execução da conduta delituosa e a periculosidade demonstrada. O homem também responde a uma ação penal por porte ilegal de arma de fogo desde 2018.

"Por fim, a tese defensiva consistente na alegação de que a conduta do flagrado foi executada em legítima defesa própria, neste momento, não se sustenta, pelo fato de que a tese está consubstanciada apenas nas palavras do investigado. Ademais, as imagens do interior do ônibus apresentam fatos diversos do alegado. Dito isso, considerando que a segregação, no caso em tela, é necessária para garantia da ordem pública e aplicação da Lei Penal bem como diante da presença dos requisitos da prisão preventiva", determina o magistrado.

Entenda o caso - As imagens divulgadas pela polícia mostram o assassino e o gari durante a briga dentro do veículo. As agressões, segundo relatos de testemunhas à polícia, foram motivadas por conta do não uso de máscara de proteção. 

Conforme relatos de testemunhas, o homem que matou Renilson entrou no veículo por trás e sem usar máscara de proteção, o que causou incômodo na maioria dos passageiros. Após esfaquear o gari, o assassino, que estava de camiseta preta e bermuda, fugiu. 

Agentes da Polícia Civil prenderam ainda na tarde da segunda-feira, 29. O suspeito foi identificado como Cristiano da Silva, tem histórico de violência e possível transtorno mental.