Começou nesta segunda-feira, 17, o júri popular dos quatros réus denunciados pela morte do ativista político Kleber Malaquias, que foi assassinado a tiros no dia do seu aniversário, em Rio Largo, em julho de 2020. Nesta primeira fase do julgamento, a Justiça começou a ouvir as testemunhas do caso. A expectativa é que o júri, que acontece no Fórum do Barro Duro, em Maceió, seja concluído nesta terça-feira (18).
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Além das testemunhas de defesa e acusação, o Tribunal do Júri deve ouvir o delegado acusado pelo Ministério Público de Alagoas (MP-AL) de inserir provas forjadas no caso da morte do ativista político. O MP-AL cita na denúncia que o delegado teria inserido provas falsas no processo para atribuir o crime a um policial já falecido. À época, ele exercia a função de diretor da Polícia Judiciária da Região Metropolitana (DPJ1) e foi preso pela Polícia Federal (PF).
Devido às denúncias de fraudes reveladas pelo MP, o júri dos quatros réus, que deveria ter ocorrido em 17 de julho do ano passado, foi adiado para esta segunda-feira (17). A 3ª Promotoria de Justiça de Rio Largo denunciou José Mário de Lima Silva, Edinaldo Estevão de Lima e Fredson José dos Santos por homicídio duplamente qualificado, com impossibilidade de defesa da vítima e por ter sido o assassinato cometido mediante promessa de recompensa.
Primeiras testemunhas são ouvidas
A primeira testemunha ouvida pelo júri foi o delegado Lucimério Campos, que esteve à frente do caso no começo das investigações. À época, o delegado relatou que o caso se tratava de um crime de mando e que os autores dos disparos contra Kléber foram pagos pelo serviço.
Segundo os autos, a vítima era conhecida por denúncias contra políticos e autoridades, sendo esta a possível motivação do crime. Além dos acusados, outros três envolvidos, Marcelo José Souza da Silva, Jefferson Roberto Serafim da Rocha e Marcos Maurício Francisco dos Santos, ainda serão julgados.
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