Interior

Família de idosa processa estudante de medicina por ironia nas redes, além da faculdade e Prefeitura de Marechal

Redação TNH1 | 02/05/22 - 18h09
Reprodução / Instagram

A família da aposentada Lenilda Silva Nunes, de 62 anos, que morreu após dar entrada em uma unidade de saúde de Marechal Deodoro, iniciou o processo judicial contra a estudante de medicina que ironizou a morte da idosa nas redes sociais. A família também acionou judicialmente o Centro Universitário Cesmac e a Prefeitura de Marechal Deodoro. 

O caso está tramitando na 1ª Vara Cível e Criminal Inf./Juventude de Marechal Deodoro, sob julgamento do juiz Henrique Gomes de Barros Teixeira. A família da idosa pede indenização por dano moral.

Em nota, a Prefeitura Municipal de Marechal Deodoro disse que não irá comentar a ação judicial, pois ainda não foi comunicada oficialmente sobre o processo pela Justiça de Alagoas. "A gestão lamenta o ocorrido e salienta que comentará o caso em momento oportuno".

O Cesmac também informou que não vai se manifestar sobre o processo. A reportagem não conseguiu entrar em contato com a defesa da estudante, mas deixa o espaço aberto para o devido posicionamento. 

O caso - As imagens da estudante ironizando a paciente na Unidade Mista Dr. José Carlos de Gusmão, em Marechal Deodoro, foram compartilhadas em fevereiro deste ano pela universitária nos stories do perfil dela no Instagram, mas com a restrição para apenas "melhores amigos", uma ferramenta da rede social que permite mostrar o conteúdo do perfil apenas para pessoas que ela selecione. Mesmo com essa restrição, alunos do curso visualizaram as fotos, se revoltaram e denunciaram os prints. 

Ao postar as imagens, a estudante também expôs o nome da paciente, que estava com sintomas de infarto e precisou de atendimento de urgência, assim como deixou visível os remédios que a paciente havia tomado. "Faltando 10 minutos para minha hora de dormir, chega a mulher infartando e com edema agudo de pulmão. E agora já passou 1h30 da minha hora de dormir. Tô puta", compartilhou a jovem nas redes sociais. 

A coordenação do curso tomou conhecimento do caso, classificou as denúncias como graves e prometeu tomar todas as medidas cabíveis. Uma semana depois, a estudante teve o desligamento do curso recomendado pelo Conselho Universitário (Consuni) do Centro Universitário Cesmac