Polícia

'Menospreza a condição da mulher', diz delegado sobre homem que matou garota de programa

Eberth Lins com Rádio Pajuçara FM | 20/08/20 - 10h07
Foto: Hélio Góes / Rádio Pajuçara FM

O homem suspeito de matar uma garota de programa no início desta semana dentro de um hotel na Rua Barão de Atalaia, no Centro de Maceió, foi apresentado nesta quinta-feira (20) pela polícia. Erick da Silva Rocha tem 34 anos e foi preso na tarde dessa quinta-feira (19) em seu apartamento no bairro Jatiúca.

De acordo com a polícia, Erick Rocha confessou o crime e tem histórico de violência contra a mulher. "Já foi interrogado na presença da advogada e confessou a prática do crime.  Ele alega que durante o programa teve um conflito e a esganou", informou o coordenador da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Eduardo Mero em entrevista à Rádio Pajuçara FM.

"O autor é usuário de cocaína e no dia da morte abordou a jovem e a levou ao quarto. Ele não informou arrependimento algum, tudo por conta do uso da droga", acrescentou Mero.

O delegado disse ainda que o homem tentou ocultar o cadáver, mas foi impedido por um funcionário do hotel e uma amiga da garota de programa.

"Ele foi flagrado tentando deixar o estabelecimento carregando a mulher morta no braços, certamente numa tentativa de se livrar do corpo", frisou.

Erick da Silva Rocha não tem passagem pela polícia, mas a investigação identificou uma situação de violência contra outra garota de programa, que teria fugido do apartamento dele com uma faca em punho.

"É certo que ele menospreza a condição da mulher e já tem histórico de violência. Infelizmente as garotas de programa são mais vulneráveis", complementou o delegado.

O crime 

Foto: Cortesia 

A jovem Mayara Fabiane Quintino dos Santos Oliveira, de 24 anos, foi encontrada morta com um corte profundo na testa, dentro de um hotel, no Centro de Maceió, na última segunda-feira (17)

Mayara era garota e foi levada pelo suspeito ao hotel onde foi encontrada morta por um amiga, que estranhou a demora e acionou a polícia. O laudo do exame cadavérico feito pelo Instituto Médico Legal (IML) constatou que ela foi morta por asfixia.