Justiça

PM acusado de integrar organização criminosa tem pedido de liberdade negado pela Justiça

Redação TNH1 | 19/04/22 - 11h45

Em decisão publicada no Diário da Justiça nessa segunda-feira, 19, o judiciário alagoano negou o pedido de revogação de prisão preventiva feito pela defesa do tenente Wellington Aureliano da Silva, policial militar preso desde 24 de janeiro de 2019, acusado de integrar organização criminosa que tinha como ação principal crimes de roubo, tráfico de drogas e armas e invasão a residências.

A defesa do militar alegou no pedido excesso de lapso temporal transcorrido desde a segregação cautelar, além da ausência de circunstância proporcional ou necessária para manutenção da citada modalidade de prisão. De acordo com o diário, a defesa citou ainda que o acusado é possuidor de bons antecedentes, residência e empregos fixos, para solicitar a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares. 

A decisão esclarece ainda que há prova a ser analisada, um áudio que está sendo periciado e que foi solicitado pela própria defesa. "Não há dúvidas de que a decisão que decretou a prisão preventiva encontra-se devidamente amparada dos fundamentos jurídicos cabíveis, fundamentando a segregação cautelar na necessidade de garantir a ordem pública e aplicação da lei penal. Ora, é inegável que a complexidade do presente feito urgiu a adoção de medida excepcional com o caráter de prevenir a sociedade da atuação de um grupo criminoso", justifica o judiciário ao negar o pedido.  

Relembre o caso - A Operação Expurgo foi desencadeada na manhã de uma quinta-feira, dia 24 de janeiro de 2019, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e o Núcleo de Gestão de Informação (NGI) - ambas unidades pertencentes ao Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL), em parceria com a Polícia Militar, que foi às ruas para prender integrantes de uma organização criminosa liderada por policiais militares. Três PMs e quatro outras pessoas foram presas na ocasião.

Na época foram cumpridos 21 mandados de prisão e de busca e apreensão, todos expedidos pela 17ª Vara Criminal da capital. Os envolvidos são acusados de participação em crimes de roubo, tráfico de drogas e armas e invasão a residências. Dos 10 mandados de prisão temporária - com validade de cinco dias, podendo haver prorrogação por igual período -, cinco foram contra dois oficiais da Polícia Militar e três praças.