Polícia

Suspeita de envenenar namorado com chumbinho é presa em Maceió

Erik Maia | 14/03/19 - 13h22
Reprodução/Facebook

A polícia prendeu nesta quinta-feira (14) a mulher suspeita de envenenar o namorado Rafael José Calheiros dos Santos, que morreu oito dias depois de ter sido internado no Hospital Geral do Estado, em novembro do ano passado. Stefanny Rayane de Oliveira, 21 anos, foi indiciada no inquérito policial, concluído em janeiro deste ano, e denunciada à Justiça, no processo que julga o caso.

De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Ronilson Medeiros, ela foi detida em cumprimento a um mandado de prisão preventiva, após os laudos periciais apontarem o veneno conhecido como “chumbinho” no copo de vitamina que o rapaz tomou antes de morrer.

“Esse veneno estava no material periciado, mas não foi encontrado no corpo do Rafael porque ele passou 10 dias no hospital e foi submetido a diversas lavagens estomacais, o que eliminou a substância do organismo dele para fins periciais”, explicou.

Os peritos analisaram uma coqueteleira, um refil de chocolate, um saco plástico contendo uma substância branca e amostras biológicas do fígado e rim do Rafael, que foram coletados após sua morte. Na coqueteleira e no refil de chocolate foi encontrada uma substância química identificada como Terbufós, que é inseticida usado na agricultura e que em contato com o organismo humano é capaz de provocar a morte.

“Devido ao tempo que a vítima fatal passou internado e todos os procedimentos adotados pela equipe médica para tentar salvar a sua vida, possivelmente a substância terbufós foi devidamente eliminada do seu organismo, restando apenas os efeitos da interação do produto no corpo da vítima”, explicou o perito criminal Thalmanny Fernandes Goulart. 

A acusada está na Delegacia de Homicídios, onde será autuada e após o cumprimento dos procedimentos legais deve ser levada para o Presídio Feminino Santa Luzia, em Maceió, onde fica à disposição da Justiça.

O caso

Em novembro, a mãe do jovem denunciou o caso na Central de Flagrantes I. Desde o princípio do caso, Márcia Calheiros dos Santos apontava a namorada do filho como responsável pelo envenenamento. Ela alega que antes do filho ser envenenado ele havia brigado com a namorada e que ofereceu o achocolatado envenenado ao seu filho na última visita que ela fez.