A Justiça decretou ontem (29) a prisão de Cleiton Silva de Souza, 19 anos, acusado de estuprar a enteada, de apenas três anos de idade. O decreto atende a um pedido feito pelo Ministério Público Estadual no dia 23 deste mês.
O acusado chegou a ser preso no começo do mês após ser denunciado pela equipe do Hospital Geral do Estado (HGE) onde estava de acompanhante da vítima.
Na oportunidade, a conselheira tutelar Ruth Moura informou ao TNH1 que a criança apresentaria lesões por todo o corpo, além do trauma na cabeça. “Recebemos uma ligação do HGE sobre a suspeita, nos deslocamos até aqui, e estamos com o relatório onde se constatou uma ruptura antiga no hímen e outra recente anal”, declarou no momento da prisão, no começo de outubro. A conselheira disse ainda que ele omitiu da mãe a informação de que a criança estava no HGE.
A vítima continua internada na pediatria do hospital. De acordo com o boletim médico, ela apresenta sequelas de ordem neurológica, mas, felizmente, não apresenta risco de morte. A criança ainda correria risco de ficar paraplégica, segundo afirma a denúncia do MPE.
O laudo
No dia 16 deste mês, a Perícia Oficial concluiu e entregou o laudo do exame de conjunção carnal realizado na criança, e apontou a presença de lesão da mucosa anal, provocado por ação de instrumento contundente, que provocou risco de morte.
De acordo com médico legista Luiz Antônio Mansur Branco, do Instituto de Medicina Legal, a membrana himenal estava íntegra coraliforme, mas, a região do ânus apresentava uma fissura em uma mucosa.
O laudo deixa claro que essa lesão anal não tem relação com uma possível queda da vítima, por apresentar apenas lesão interna e sem comprometimento da região perineal.
A Perícia informou ainda que durante o exame de corpo de delito realizado no dia 09 de outubro nas dependências da UTI pediátrica do HGE também ficou constatada a presença de pediculose na cabeça, sugestivo de negligência.
