Alagoas

Novo decreto é publicado com avanço de fases a partir do dia 20; confira na íntegra

Redação TNH1 | 15/07/20 - 08h38
Itawi Albuquerque/TNH1

O Diário Oficial do Estado de Alagoas (DOE) desta quarta-feira, 15, trouxe no decreto emergencial a confirmação de que a partir da zero hora do dia 20 de julho o município de Maceió vai entrar na Fase Amarela do distanciamento social controlado, com a reabertura de shoppings, de bares e restaurantes, estes com 50% da capacidade, e com a ampliação da capacidade de templos e igrejas, que passa de 30% para 50%. Todos ainda devem seguir um protocolo sanitário.

O avanço de estágio já havia sido adiantado pelo Governo de Alagoas na noite dessa terça, 14. A retomada também vai depender do decreto da prefeitura de Maceió que deverá ser publicado nesta sexta-feira, 17, porém, de acordo com o jornalista Ricardo Mota, o município vai seguir o decreto estadual

Além da capital alagoana, outros municípios também vão ter mudanças nas medidas de isolamento. Cidades de duas regiões sanitárias, sendo na área Metropolitana e Norte do Estado, vão deixar a Fase Vermelha e passar para a Fase Laranja, que conta com a reabertura de parte do comércio, salões de beleza com 50% de capacidade e com hora marcada, e templos e igrejas com apenas 30% de capacidade. 

Os municípios são: Barra de Santo Antônio, Barra de São Miguel, Coqueiro Seco, Flexeiras, Marechal Deodoro, Messias, Paripueira, Pilar, Rio Largo, Santa Luzia do Norte, Satuba, Jacuípe, Japaratinga, Maragogi, Matriz de Camaragibe, Passo de Camaragibe, Porto Calvo, Porto de Pedras, São Luiz do Quitunde, e São Miguel dos Milagres.

As cidades não citadas acima permanecem na Fase Vermelha do distanciamento, com medidas mais rígidas para combater o vírus. 

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Saúde financeira do Estado

O governador Renan Filho destacou ontem que o Estado vai seguir com a garantia dos salários em dia aos servidores públicos, como também continuar com investimentos prioritários para o enfrentamento da Covid-19, como construções de mais unidades de saúde, melhorias em rodovias, escolas em tempo integral e segurança para todos. Todas as ações devem ser realizadas sem prejudicar a saúde financeira de Alagoas.

"Vamos a cada dia avaliar como fazer o que estamos fazendo, gastando o mínimo necessário para que o Estado esteja firme para fazer enfrentamento à pandemia. É assim que a gente tem feito até agora e a gente espera levar esse trabalho até o final dessa pandemia. Vamos fazer com que Alagoas saia dela sem balançar do ponto de vista financeiro", afirmou.

Ouvindo a comunidade científica e técnica

O Secretário de Saúde, Alexandre Ayres, destacou as reuniões técnicas, para ouvir a comunidade médica e científica. "Nós fomos um dos primeiros estados a anunciar medidas restritivas de isolamento e estamos sendo um dos últimos a anunciar retorno. Isso demonstra que sempre ouvimos a voz da ciência. Trabalhamos duramente para ampliar a oferta de leitos e hoje Alagoas dá um exemplo ao Brasil de capacidade hospitalar", disse o secretário.

"Temos uma segurança nas decisões que estão sendo tomadas. A gente entende a necessidade dos setores, mas ainda vivemos um momento de pandemia. Então até que a gente tenha vacina ou medicamento de eficácia comprovada não temos condições de voltar à normalidade", enfatizou Ayres.

Números justificam avanço de fases

De acordo com a explicação do secretário de Estado do Planejamento Gestão e Patrimônio, Fabrício Marques, a semana tomada como base para as mudanças de fase na capital e no interior foi a de número 28, ou seja, a que se encerrou no último sábado, dia 11/07.  

O secretário destacou, nos indicadores, a queda no número de óbitos em todo o estado. "A taxa de ocupação de leitos com respiradores caiu também nos últimos dias. Notamos uma ampliação da oferta e redução na demanda. Por isso, esse indicador fechou pouco acima dos 60% na semana em questão", disse. 

Marques também destacou a acentuada redução de leitos clínicos e de UTI, sobretudo na capital. Mas observou que houve uma redução nos leitos instalados no interior do estado também. 

"A taxa de ocupação de leitos gerais fechou ligeiramente acima dos 40%. Já a quantidade de leitos com respiradores por 100 mil habitantes ficou em 9.5 nas últimas duas semanas. A ideia do governo é ter 10 leitos com respiradores a cada 100 mil habitantes", detalhou Fabrício Marques.